No interior do Norte

Desculpem.... mas este blog é apenas para pessoas inteligentes! Se não é o seu caso, peço lhe suavemente que se retire. Desculpe o incómodo!

segunda-feira, dezembro 20

Rio

Visita à minha cidade. Fim de tarde com os meus a calcorrear estradas romanas e seus séculos. Sob o esplendor da luz. Lareira de Natal a céu aberto.
Gente nas ruas.Riso de crianças. Cachecóis coloridos a esconder os pescoços e o frio.
Tudo é tão diferente nas noites alumiadas, luzindo cores nas janelas dos prédios apagados. Apresso o passo rumo ao rio. Lustres nos rostos das gentes. Mais risos.
Fotos com os meus.Retratos que vou emoldurar nos olhos.
(Decerto que me faço entender a todos aqueles que sabem as escadas que descem ao coração. E este serve-lhes a memória.)
Nas varandas da ponte, o rio, embalado pela brisa que o adormece, solta um suspiro que parece vir de dentro da sua carne. Tudo ouvi com o sangue que me levou a outras passagens. Com a luz do dia a fazer de cachos multicolores nos ombros da juventude. Era dia, nesses dias. Mas a ponte permanece. A aconchegar os extremos sob os lábios do Tâmega.
Só hoje, neste fim de tarde, quebrada de luz contra os meus olhos, eu percebi o rio e as suas margens.
Definem as pedras.

in: No farol de meus dias - a publicar

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