Expiação
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Quase que cruzamos o olhar depois….muito depois…
Antes, dantes….
A noite beijava o chão (e cúmplice ..) nos impelia ao
desejo.
Mas cansados do que fosse apontamos a íris ao infinito
E nisso, não vimos (
ou não quisemos ver…) que o escuro que ia
cobrindo o morro era apenas para nos envolver…..
E atropelamos caminhos desiguais.
Imaginei te ( e
tive-te….) despida madrugada fora
No calor das minhas mãos….
A tocarmos carícias suaves e beijos molhados de saliva e
calor…
Ao sabor de todos os momentos….
Mas isso foi no tempo das gárgulas escuras que te
atormentavam e me enlevaram até ti
Quando desci á serra para te abraçar
No tempo das quimeras que inventei para te serenar …
No tempo em que todas as arvores da floresta eram meu íntimo
refugio
E delas fazia papiros….
No tempo de todo o tempo
Depois do tempo..veio apenas geometria
Até para o amor
Não eras tu….
E eu não sou assim
Só me moldo á capacidade do meu sonho
E á driade em que vivo
deixei de ser teu anjo negro
Saí de teu corpo
Boa noite
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