No interior do Norte

Desculpem.... mas este blog é apenas para pessoas inteligentes! Se não é o seu caso, peço lhe suavemente que se retire. Desculpe o incómodo!

segunda-feira, dezembro 6

O branco cinza , em nuvem, adormeceu a terra e a paisagem. Se despisse os óculos, algodão-doce banhava as colinas e as eiras. Mas o som quieto, preguiçoso, não me levou à feira dos santos e sob a lente, o céu reflectia o meu cabelo.
Recolhi-me a tarde toda. Para me vestir agora e,no silêncio da casa, dançar pela quietude das mãos por este livro aberto. Os lugares vazios que nesta valsa de quebra-nozes, percorro para atravessar o tempo na firmeza irredutível dos ponteiros.
Mato a fome. Como se a mesa, nas voltas do pêndulo, fosse alfarrábio perpétuo das iguarias da memórias. Como os poemas que teço ou as quimeras que guardo.
É quando limpo os olhos para que o sono habite por fora do corpo. Como que com as mãos lhe desse trovas de embalar.
Para que afugente as trevas fora de mim, e não se ajoelhem os sonhos. Então a noite começa o seu bailado. Límpida. A palavra torna-se pão no lugar do esquecimento.
Então, satisfeito, já não choro a cor do meu cabelo.

in: No Farol de meus dias - a publicar

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