TELEGRAMA
Precisávamos disto!
Eu e tu.
Desta tensa acalmia , que o mês do Demo nos oferta. Para nos separarmos.
Não é este o tempo para te continuar a acordar, violento…agreste…cruel…
Também o tempo me é roubado.
Deixo-te no sossego … respirando sonolenta e ofegante nesta límpida madrugada, em que reclamas egoísta a longa noite que se não cumpriu , de abafada e asfixiante … Que te deixou á deriva … em insónia.
Precisamos da calma que o espírito exige! Para o lapidarmos em magia, na promessa de tempos melhores.
Cansamo-nos de esperar Godot. Era disparatado!
Fui-te entretendo com realidades! E entre gargalhadas e facadas atrozes…tentei animar-te e se possível deslumbrar-te, nesses 5 minutos que me consagras e que alguém reclama! Venero-tos!
Sussurrei-te – qual amante – o pérfido…e de ti veio sempre compreensão e regaço. Nunca menos….nunca demais…. E no delicioso embalo do teu colo, na mão doce que afaga meu conto… conquistamos a inquietude da paz. De um absurdo dever cumprido.
Caminhando lado a lado!
Desbravamos paisagens cinéfilas, de tão irreais na sua existência. Sondamos o quotidiano e cheiramos napalm… trouxe-te á terra. Á minha terra….
É justo que agora te cubra de rosas. Te sirva um vinho novo com travo a esperança! Que te leve envolta em silêncio, mostrando-te o Mar alem de finisterra! Sob um manto de luar…Que baile contigo. Em segredo…No segredo intemporal da viagem.
É justo que adormeças serena, sem mácula nem remorso.
É justo que te deixe acenando-te a promessa da semente e não do fruto.
Talvez raie uma gotícula de chuva no canto doce do olhar. Nos nossos rostos desconhecidos que só o coração revela, fica o silencio abrupto da paz dos sentidos e do sentimento conquistado!
Este é um dia de júbilo, porque o quero assim.
Dispo meu fato de agrura. Limpo ao farrapo da vida o meu rosto de mimo e baton. Sou apenas EU.
Que me vergo numa sentida vénia perante Tu. Tu que me leste e noites a fio me deste companhia. Vergo me a ti....Em gratidão.
Neste adeus, fica a jura.
Volto Breve. Ainda antes de , inertes, as primeiras folhas tombarem !
Descansa…vigiarei teu sono. Envolto num manto de silencio. Afastando de ti os demónios…
Paulo
Eu e tu.
Desta tensa acalmia , que o mês do Demo nos oferta. Para nos separarmos.
Não é este o tempo para te continuar a acordar, violento…agreste…cruel…
Também o tempo me é roubado.
Deixo-te no sossego … respirando sonolenta e ofegante nesta límpida madrugada, em que reclamas egoísta a longa noite que se não cumpriu , de abafada e asfixiante … Que te deixou á deriva … em insónia.
Precisamos da calma que o espírito exige! Para o lapidarmos em magia, na promessa de tempos melhores.
Cansamo-nos de esperar Godot. Era disparatado!
Fui-te entretendo com realidades! E entre gargalhadas e facadas atrozes…tentei animar-te e se possível deslumbrar-te, nesses 5 minutos que me consagras e que alguém reclama! Venero-tos!
Sussurrei-te – qual amante – o pérfido…e de ti veio sempre compreensão e regaço. Nunca menos….nunca demais…. E no delicioso embalo do teu colo, na mão doce que afaga meu conto… conquistamos a inquietude da paz. De um absurdo dever cumprido.
Caminhando lado a lado!
Desbravamos paisagens cinéfilas, de tão irreais na sua existência. Sondamos o quotidiano e cheiramos napalm… trouxe-te á terra. Á minha terra….
É justo que agora te cubra de rosas. Te sirva um vinho novo com travo a esperança! Que te leve envolta em silêncio, mostrando-te o Mar alem de finisterra! Sob um manto de luar…Que baile contigo. Em segredo…No segredo intemporal da viagem.
É justo que adormeças serena, sem mácula nem remorso.
É justo que te deixe acenando-te a promessa da semente e não do fruto.
Talvez raie uma gotícula de chuva no canto doce do olhar. Nos nossos rostos desconhecidos que só o coração revela, fica o silencio abrupto da paz dos sentidos e do sentimento conquistado!
Este é um dia de júbilo, porque o quero assim.
Dispo meu fato de agrura. Limpo ao farrapo da vida o meu rosto de mimo e baton. Sou apenas EU.
Que me vergo numa sentida vénia perante Tu. Tu que me leste e noites a fio me deste companhia. Vergo me a ti....Em gratidão.
Neste adeus, fica a jura.
Volto Breve. Ainda antes de , inertes, as primeiras folhas tombarem !
Descansa…vigiarei teu sono. Envolto num manto de silencio. Afastando de ti os demónios…
Paulo
36 Comments:
nunca gostei de despedidas...
obrigada Paulo. OBRIGADA!
Volta breve! precisamos de Ti!
Mesmo nesta hora em que te despedes de todos aqueles que te Lêm... Não deixas de ser Sublime!
Por mim digo-te que foi um privilegio "conhecer-te" e contigo partilhar belos momentos de letras e sentimentos!
Sou eu que me curva perante teu génio!
Não demores.
Beijo imenso!
uma imensa admiradora Tua!
Ao ler fiquei na duvida... mas depois tudo fez sentido!
Entendo e respeito que te ausentes!
Se bem te percebi, impoes tréguas!
e penso que percebi!
Olha, quero dizer que o teu blogg é importante, é necessário!
Volta rápido!
Um grande abraço!
é para mim tambem um prazer partilhar o interior do Norte!
Post muito intenso.Espero que voltes depressa.
poxa... Paulo a tua escrita é um vicio... não passa um dia que por aqui não passe na ansia de um novo post!
Mesmo neste (espero que breve abandono....)dizes-me até ja de um jeito que arrepia!
és verdadeiramente um génio!
Volta breve. Já sinto saudade!
Um enorme beijo!
Paulo, as despedidas nunca são agradáveis. E esta ainda o é menos. Deixo um comentário no teu último post.Com alegria por ter podido ler alguns posts, com tristeza por não me dares oportunidade de contuinuar a comentar.
Beijinhos
fiquei triste. soltei a chuva...
És especial. Gosto muito do teu blogg e da forma que escreves!
Volta logo! aguardo te.
mil beijos Paulo.
Ola,
n gst d despedidas... n gst... bj
Volta breve!!
:)
"Volto Breve. Ainda antes de , inertes, as primeiras folhas tombarem!" - Boa maneira de dizer Outono. Um ansioso até já Paulo!
Antes de mais obrigada pela visita ao meu blog:)
Aparece sempre que quiseres!
Gostei da tua maneira de escrever.
Um abraço!
partilho os coments!
Volta breve.
adorei o post!
Um imenso abraço.
L.P.
Este é um dia de júbilo, porque o quero assim! Decidido! Com esperanças de algo novo e feliz!
Achei profundo e gostei muito.
bjos carinhosos do Brasil.
Uma despedida tão cheia de sentimentos complexos! Concordo que é necessária a separação, por vezes...
Espero que voltes porque a qualidade da tua escrita não é muito frequente. **
É bom tremos alguém que olhe por nós. Mesmo quando dormimos. Mesmo quando não nos apercebemos.
Volta depressa, sim?
**
Não te demores muito! Belo texto... admiro imenso o facto de conseguires fazer vários tipos de escrita. Ora sensivel, ora crítica, ora humorística, ora tudo junto, ora... sei lá que mais...
Volta muito breve amigo!
um grande e já saudoso abraço!
Uma doce despedida...quase sem partida...
Gostei muito!
Van
volta breve!
amei este post de até já.
um beijo ;)
volta breve!
A tua escrita é importante!
beijo;)
Bonito :)
Muito bonito este texto, Paulo. Mas hoje é um dia mais dificil ainda que os anteriores, para mim. Minha filha está em inglaterra e eu estou aqui. E lá, não a sei nem a sinto segura. Principalmente hoje. Mas em lugar nenhum estamos seguros, nao é?
Um beijo para mim? onde?
beijos meus, para ti!
Regressei hoje de ferias e vim visitar-te. Vejo que tambem tu estas ausente. Adorei imenso este post de até já! Volta breve!
Um abraço
Uma "boa viagem" e um breve regresso!!!!
já tou com saudades!!!!
um beijo ;)
olá, já tenho visitado o teu blog algumas vezes, mas apenas hoje comentei, cada vez que leio os teus textos fico hipnotizada, a forma como escreves é de uma genialidade impressionante, juntas a ironia pura com a realidade nua e crua de uma forma muito peculiar, nunca vi ninguém que escrevesse como tu.Parabéns!
Justo seria eu poder adormecer ao teu lado e saber ke olhas por mim!
Longa se torna a espera....
Volta Breve!
H.C
Eu penso que um adeus será sempre um até já
Até me escapa uma lágrima ao canto do olho... ;) És um verdadeiro anjo da guarda (das nossas mentes..)
Até me escapa uma lágrima ao canto do olho... ;) És um verdadeiro anjo da guarda (das nossas mentes..)
Que regresses quando te sentires bem.
um abraço
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Olá Paulo...
Encontrei o teu blog por acaso, por um comentário que deixastes num blog de uma amiga minha.
Com poucas palavras dissestes tanto e por isso tive que vir conhecer-te a ti.
Fiquei abalada ao ler o teu nome, pois não me é desconhecido embora não pertença á mesma pessoa. Existe uma pessoa que compartilha o teu nome, mas provavalmente não vou chegar a conhecer-lo tão bem quanto vou conhecer-te a ti através do que tu escreves... talvez é melhor assim, ele uma vez avisou-me que é bom que os pensamentos das pessoas sejam desconhecidos porque senão havia possibilidade de nos apaixonar por elas.
Voltando ao que escrevestes...
Fiquei com a lágrima no canto do olho, porque sei o que é dizer a Adeus e a doce amargura de visitar o nosso cantinho.
São duas lagrimas... uma na chegada, outra na partida... uma doce, outra mais amarga, porque não existe dor mais dificil de aguentar do que a distância.
Quem nós levamos á nossa terra, levamos a nos conhecer. Porque faz parte de nós, da textura da nossa alma, do som da nossa voz... porque foi lá que encontramos as bases da nossa identidade.
Tudo isto para que dizer que adorei o que escrevestes, ainda mais que regresso da minha primeira viagem ao Norte... fiquei com a maior vontade de lá voltar!
Ei de voltar sempre, para ler os teus pensamentos.
Tendo em conta o post acima, voltas em setembro certo ? ;)
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